Centro de recuperação: como funciona e tipos de tratamento

Centro de recuperação: como funciona e tipos de tratamento

As pessoas acometidas por esta doença têm garantido por lei o direito à assistência intersetorial, interdisciplinar e transversal, consentâneo às suas necessidades, o que implica em ter disponível uma rede de atenção psicossocial ampla, capaz de suprir as necessidades particulares de cada indivíduo, oferecendo-lhe o tratamento adequado. Parte da solução para o problema da relação das ciências sociais com a psiquiatria, pelo menos no campo das abordagens psicossociais em saúde mental, está em definir a visão de mundo que adotamos para lidar com a doença mental. Pelo que se disse até agora, essa concepção deve ser científica e humanista ao mesmo tempo, contemplando a subjetividade como construtora de relações e a intersubjetividade como objeto de pesquisa.

A Fenomenologia gera inúmeras complicações conceituais por ser um tema sobremaneira complexo. Esta complexidade está associada ao fato de que a Fenomenologia estabelece um diálogo entre intuição, evidência e lógica (Gomes, in Bruns & Holanda; 2007). Em decorrência, todos foram unânimes em afirmar que indicariam a Instituição para outra pessoa.

REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS DE DROGAS: REVISÃO DA LITERATURA

A internação compulsória é determinada por uma medida judicial onde um Juiz competente vai atestar ou não a necessidade de um tratamento. Atendimento Médico Psiquiátrico –São feitas avaliações psiquiátricas do dependente, através de consultas com o profissional que presta serviço clínica de recuperação em São Paulo como psiquiatra ao centro. São avaliadas as comorbidades e a crise de abstinência e assim são prescritas as medicações necessárias. Podendo existir em conjunto com a dependência de substâncias ou distúrbio compulsivo e pode ser usada como parte do tratamento em ambos os casos.

Reabilitação para dependentes químicos

Quando diferenciados, a reabilitação psicossocial remete-se frequentemente a um processo individual, enquanto a reinserção social está ligada a contextos institucionais e comunitários. Nessa perspectiva, para os autores, as oficinas de geração de renda e as cooperativas criadas nos serviços de saúde têm como objetivo a inclusão dessas pessoas no trabalho como uma alternativa para o resgate da autonomia e promoção da cidadania. No entanto, para esses autores, a inclusão por meio do trabalho é parte do processo de reabilitação, assim como a reconstrução dos vínculos familiares.

o caminho para a reinserção social em uma clínica de recuperação

Como funcionam os centros de recuperação para dependentes químicos?

Entender como funciona uma clínica de reabilitação seja para alcoólatras ou dependentes químicos envolve não apenas a desintoxicação e a diminuição/extinção da abstinência. Para isso, é preciso considerar o resgate das habilidades sociais , além da promoção de saúde através da psicoeducação. Afinal, embora estejamos vivendo uma era de disseminação de informações, ainda nos deparamos com alguns tabus e preconceitos. E obviamente, uma clínica de internação para dependentes químicos é um alvo que pode sofrer muita injustiça neste sentido. Sem uma clínica de recuperação o dependente químico tem muito mais chances de ser preso por algum crime ou delito em função da dependência química ou até de morrer pelo agravamento da mesma.

Atinge o ser humano nas suas três dimensões básicas (biológica, psíquica e espiritual), e atualmente, é reconhecida como uma séria questão social, à medida em que atinge o mundo inteiro, em todas as classes sociais. A cada passo do processo, as intervenções instrucionais do acompanhante integram a situação de resolução de problemas, constituindo não um terceiro termo exterior à interação acompanhado ↔ tarefa ambiental, mas integrando o próprio arranjo ensino-aprendizagem. Mediante seu corpo, palavra e atos, procura ofertar suporte aos esforços do acompanhado, funcionando como uma estrutura de apoio vicária cuja forma se estabelece na articulação entre os saberes e hipóteses do paciente e a identificação pelo acompanhante de sua perícia sobre a atividade trabalhada. Talvez pudéssemos comparar essa estrutura de apoio aos andaimes que suportam um edifício que está sendo construído e que vão sendo retirados à medida que a armação em construção vai tornando-se capaz de sustentar-se sem ajuda . De forma semelhante, quando apto a exercer controle individual sobre uma ação em desenvolvimento, o acompanhado deverá ser progressivamente conduzido a executá-la sem auxílios.

Tamponam, assim, as possibilidades de reconhecimento e valorização das singulares significações por meio das quais cada indivíduo inscreve-se em seu sofrimento e interpreta seu modo de estar no mundo. A partir daí ocorre uma obliteração do sentido do sintoma, pois este não mais é entendido enquanto um modo de enfrentamento a um rompimento com a realidade, mas sim como a expressão de um funcionamento que se produz à revelia do quadro sociopolítico e cuja irrupção demanda imediata remissão . A multitude de pensamentos, afetos e desejos que pululam sob a superfície do mal-estar tornam-se, desse modo, ruídos que, por interferirem nas tentativas de padronização do comportamento, devem ser silenciados por meio da sedação química e do controle normatizador dos atos anômalos que produzem. A imprecisão dos termos nas políticas sobre drogas, reconhecida pela ausência de uma conceituação que diferencie, por exemplo, o que abarca reinserção, reabilitação e inclusão, aliada à indistinção entre os termos nos documentos normativos, sugere a relevância de se refletir teoricamente acerca de tais termos com base em uma revisão da literatura.

O reposicionamento, contração, desintegração e decomposição das funções previamente consolidadas institui períodos críticos cujo ponto de culminância torna-se o locus no qual um ciclo de reorganização encontra término (Valsiner & Van der Veer, 1991). Após conhecer um pouco sobre o processo de reinserção social, e um desejo despertado, principalmente em tirar do vício algum familiar ou pessoa próxima, saiba que isso é algo totalmente possível. As intervenções familiares no tratamento da dependência química podem afetar diretamente os bons resultados de um tratamento. Diferente do que você pode imaginar, o processo de reabilitação da dependência química continua por muito mais tempo após ele sair da clínica, sendo um conjunto de ações aplicadas dia após dia. Na terceira etapa, temos aressocialização, que em suma trata-se do momento de restabelecer o contato com a vida social. Aqui, a família deverá receber o suporte para a reinserção deste sujeito, além de ser desenvolvida habilidades a partir da terapia ocupacional.

Para uma compreensão que considere a complexidade do existir humano do doente ou deficiente mental, em nossa experiência, observamos a necessidade de uma linha de pensamento que possa ser aplicada com eficácia à prática clínica. Uma abordagem sociopolítica não é suficiente para a compreensão de um quadro psicopatológico. A psicopatologia, por sua vez, não pode ser desprezada no estudo das características e dos processos psicossociais de subjetivação dos doentes. Faz-se necessária, portanto, que uma abordagem psicopatológica componha o repertório de práticas e pesquisas em saúde mental, mas também que seja voltada para as peculiaridades do existir humano. Isso nos leva a pensar no importante papel que a Instituição ocupa, intermediando as relações familiares, desde o momento do internamento, permeando todo o ciclo do tratamento e acompanhando o desligamento e a volta ao convívio familiar.

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